300 anos de existência da Basilica de N. S. do Pilar

A Presidência do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, cônscia das suas responsabilidades, acumuladas ao longo dos 51 anos desde sua fundação, e em nome de todos os confrades, vem, neste dia 12 de setembro, demonstrar toda nossa admiração e respeito ao louvar o papel histórico que a hoje Basílica de N. S. do Pilar desempenhou, como capela, igreja, matriz e catedral, nos seus trezentos anos de existência, à vida da nossa cidade. Desde o início, base da fé e esperança dos que aqui povoaram o arraial e lutaram, ao custo da própria capela e vida, pela liberdade de ser mineiro ao professar sua religiosidade, cuidar da sua família, na sua terra e com liberdade, esse outro nome de Minas e, por que não, da cidade.

Catedral Basílica de São João del-Rei – Foto: LCR – Produções Digitais

Numa retrospectiva sucinta, mas respeitosa, dessa magnífica e plena história de fé, esperança e caridade, ela foi capela entre 1703 e 1709, quando foi incendiada na luta emboaba, no alto do antigo Morro da Forca. Reconstruída no novo centro da então vila, com a licença de construção expedida em 12 de setembro de 1721, portanto há três séculos atrás, se faz igreja, com fachada de Francisco de Lima Cerqueira, um dos patronos do nosso IHG-SJDR, entre 1732 e 1750, quando completaram-se torres e forro da nave. Reformada em 1817, com frontispício de Manoel Victor de Jesus, sua reforma é retomada pela chegada do dinâmico vigário José Dias Custodio, entre 1850 a 1863. A partir de 1954 a igreja Matriz assistiu uma sucessão de eventos importantes como a coroação da imagem de Nossa Senhora do Pilar, com autorização do Papa Pio XII, e sua proclamação como padroeira da cidade e do município; a sua elevação, em 1960 ao status de Catedral, com a criação da Diocese e, em 1965, quando recebe o título de Basílica de Nossa Senhora do Pilar.

Nesta oportunidade esse Instituto, uma entidade pública não estatal, de caráter privado, sem fins lucrativos e dedicada a estudos e pesquisas da história e cultura desta cidade, vem chamar atenção para a riqueza da cultura religiosa da gente desta cidade histórica e tricentenária. A todos que nos interessamos pelo estudo da cultura, do patrimônio material, imaterial e documental, do povo são-joanense, cabe a responsabilidade de tudo fazer para que essa história de religiosidade seja um instrumento de Educação Patrimonial, como forma de ensinar às novas gerações a importância e a honra de vivermos em um espaço urbano tricentenário. Aqui o povo sempre se comprometeu com o mais profundo do senso da mineiridade, da luta libertária à religiosidade de quantos aqui moraram, lutaram, sofreram e nos legaram um acervo histórico, cultural e religioso, de reconhecimento regional, estadual, nacional e internacional.

Vimos, pois, trazer nossos cumprimentos e aplausos à Diocese de São Del-Rei, na pessoa reverendíssima de Dom José Eudes Campos do Nascimento, ao nosso Pároco, Padre Geraldo Magela da Silva e aos confrades da Irmandade do Santíssimo Sacramento todo nosso respeito e compartilhamento de fé e esperança na interseção de Nossa Senhora do Pilar, rainha e mãe, padroeira de todo são-joanense.

Sala “Fabio Nelson Guimarães” – Sob o Patronato Mor de Basílio de Magalhães

São João del-Rei, 12 de setembro de 2021

Paulo Roberto de Sousa Lima – Presidente
Artur Claudio da Costa Moreira – Vice-Presidente
Maria Lúcia Monteiro Guimarães – Secretária
Sherman Ribeiro Portela – Tesoureiro e Alex Lombello – Bibliotecário

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